tenho todas as cicatrizes de todos os amores,
umas tão reais quanto uma costela quebrada,
outras tão sentimentais quanto uma melancólica música do Damien Rice.
sabia de tudo que era ruim antes dos vinte e cinco,
pois de mim ninguém escapou:
quem planta vento, colhe tempestade.
lembro de todos os nãos e de todos os sims,
cada um a sua forma moldou tudo o que sou:
concreto e pena.
cada sorriso de uma criança por mim causado
eram como gotas d'água num deserto imenso:
minha alma agradecia a fé restabelecida.
este poema só existe em função do teu
e sorte a minha eu não ter escapado de ti.
Lorenz há anos percebeu e isso muito me perturba:
quando eu bato minhas asas, de quem a vida muda?