Dois gênios,
duas personalidades,
dois bêbados.
Duas vezes,
dois minutos,
duas noites.
Dois palhaços,
duas belezas,
dois estranhos.
Dois errados:
fazem um certo.
29 de novembro de 2011
28 de novembro de 2011
26 de novembro de 2011
O Livro
O livro
mais complexo
que já tive em mãos:
apenas trinta segundos
para decidir o que
fazer com ele.
Muitas vezes desconexo:
leitura difícil, que pede
atenção e deixa perplexo.
Outras vezes poesia pura:
flui suavemente, e fica
uma sensação que perdura.
Muitas vezes impaciente:
palavras jogadas ao léu
que demandam um finalmente!
Outras vezes amor sincero:
palavras e frases exatas,
que me invadem: desespero!
Sim e não,
certo e errado,
dever e querer:
não o solto há meses.
24 de novembro de 2011
27
Da intensidade
da idade:
quanto tempo ainda resta,
para pela fresta
da memória olhar
e assim relembrar
cada momento:
seja o meu tormento,
seja a tua paciência.
Temos nossa cadência
na batida desregrada
que apenas a nós agrada.
Que tenhamos somente
as sobras: delicadamente
ou na loucura, vivemos.
23 de novembro de 2011
Ar III
quase a quatro mãos
A aleatoriedade deuma cadeia de
acontecimentos que
desafiam o
possível:
um desencontro que
levou a um
reencontro que
levou a um
bar que
levou a uma
festa que
levou a um
quarto que
levou a uma
noite que
levou a um
pôr-do-sol
magnifico.
O absurdo que
tornamos
aceitável,
o errado que
fazemos ser
o nosso
certo.
22 de novembro de 2011
Simetria
Se falo sobre fogo:
ela atiça.
Se falo de beber:
ela enverga.
Se fala sobre fogo:
eu controlo.
Se fala de beber:
eu mantenho.
O eu que equilibra o teu,
o teu que completa o eu.
ela atiça.
Se falo de beber:
ela enverga.
Se fala sobre fogo:
eu controlo.
Se fala de beber:
eu mantenho.
O eu que equilibra o teu,
o teu que completa o eu.
17 de novembro de 2011
Tanto
às pessoas que fazem da minha vida esse tanto.
à Nuvens, pelas letras sensacionais.
Fome de vida¹:
arriscando a cada momento:
o segundo que vale o dia,
o momento que vale o ano.
Música, paixão,
amor, tesão,
desejo e tensão,
tudo aqui e agora:
sorrisos bobos perdidos
no meio-fio às quatro da manhã,
sorrisos aleatórios que surgem
das lembranças de você.
Gargalhadas histéricas
que não deixam os vizinhos dormir.
Bebidas, bares,
pubs, botecos,
álcool, misturas,
quedas, imundice.
Porres: meus, teus,
nossos, deles.
Felicidade que transpira
Na cama que bate na parede
In
can
sa
vel
men
te.
Tanto reproduz
nosso ideal de extremos,
é o que explica
A intensidade de ser nós dois.
A medida da vida é sem medida².
_
¹ Fome de Vida, faixa do segundo álbum, de mesmo nome, da banda curitibana Nuvens. Trata exatamente sobre essa ideia de viver a vida ao máximo, sugar cada segundo possível dela: "uma apologia ao estar vivo".
² Trecho final da música "A medida da vida", também da Nuvens, que remete ao fome de vida.
7 de novembro de 2011
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