19 de junho de 2013

À Vida II

Zera a reza, meu amor
Canta o pagode do nosso viver
Que a gente pode entre dor e prazer
Pagar pra ver o que pode
E o que não pode ser
Caetano Veloso

"não há amor que dure para sempre.
não há nada que dure para sempre."

antes de ti eu cria, que nada na vida se cria
tudo tinha data e hora certa, agora vejo que não.

sentimento é um troço estranho, sem prazo de validade
ele toma posse e faz fuzuê no coração, desordena a cabeça
deixa a gente sem prumo e não tem hora pra ir embora não.

e esse, esse meu, esse fez casa em mim e esse, esse não sai mais.
não qu'eu quisesse que saísse, é esse troço que me faz levantar
da cama todo santo dia, puxar o ar pros pulmões e seguir por aí.
ainda que seja também esse troço que me faz ficar na cama,
não levantar dela forma alguma e querer que o mundo se exploda.

mas eu não busco o paraíso, não, onde tudo é perfeito, o perfeito
é irritante demais. busco aquela menina, aquela menina que não
tá por aqui agora não, que só ela sacia todo esse sentimento que
não se controla jeito algum aqui no coração. sabe, perfeição irrita 
sim, mas a dela... ah, a perfeição dela! que poderia mais eu de querer 
além dos trejeitos e manias mais perfeitas que uma pessoa haveria 
de ter nesse mundo?!

eu não sabia que tudo isso existia até você aparecer. e sabe, a gente
vive caindo por aí, mas eu vou sempre achar que nós dois somos
um time campeão. daqueles com várias estrelas na camiseta, sabe?
te espero, mesmo que você não venha, porque isso tudo aqui não 
vai acabar, não. ah, não mesmo! troço insistente, sabe como, não é?!

Nenhum comentário:

Postar um comentário