12 de junho de 2014

1º Dia de Copa

caminhava a passos lentos pelo centro da cidade.
desejava passar a tarde na Biblioteca Pública, pegar aqueles livros que há tempos já estavam anotados em um aplicativo no celular. a Biblioteca estava fechada. não levou em conta que era dia de jogo do Brasil e de abertura da Copa. azar.
então, subiu a Rua do Rosário e passou alguns bons minutos na Líder, se perdendo na imensidão dos livros.
pensou então em ir ao cinema, superar um velho bloqueio e assistir um filme sem companhia alguma. atravessou a Tiradentes, desceu a Cândido de Abreu, em direção ao Mueller. subiu pelas escadas rolantes até o andar do cinema e ficou decepcionado ao perceber que nenhuma filme estava em exibição. no lugar dos filmes, apenas a abertura da Copa. pensou "quem vem assistir a abertura da Copa no cinema?!". abstraiu o próprio pensamento e seguiu até a Saraiva. anotou várias futuras compras (bem futuras!) naquele mesmo aplicativo no celular, sorriu, sentiu e quis ir embora. antes de sair do shopping, insistiu e passou na Curitiba, e na parte de quadrinhos, reparou na biografia de uma artista e suspirou com a dupla lembrança, do dia que era e de quem adoraria ganhar aquele presente.
afastou o pensamento.
saiu do shopping.
subiu a Cândido de Abreu voltando a Tiradentes, onde pegaria o ônibus. caminhava a passos lentos pela cidade, em meio a pessoas com camisetas do Brasil, buzinas de motoristas à torcedores iranianos (que retribuíram com acenos e largos sorrisos), vuvuzelas e buzinas manuais ensurdecedoras, alguns ônibus da FIFA Fan Fest lotados, a batidas policiais com uma delicadeza incomum, lojas fechadas.
aguardou longos trinta minutos pelo ônibus, sentou, retirou a pesada mochila das costas, ouviu a reclamação do cobrador que não aceitava estar trabalhando em pleno jogo do Brasil.
colocou os fones de ouvido.
sentiu-se sozinho.

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