leve como o chumbo afundando todos os dias
um eterno retorno, preso ao tempo
sem fast forward and there's no going back
segue como um raio, um risco, um cisco, um riso
uma intempérie imprevista e impossível
sem pista, simplesmente um passo e pronto:
flutua belamente, como um avião sem asas
é inesperada e surpreendente
chega suave e etérea, um sonho sem sentido
uma pintura de plumas de aço que alça voos
pousa mariposa morna lisa
e transforma em forma e verso tudo o que pisa
logo depois, tudo volta
é súbito, um edifício que cai
e nada tivesse acontecido, vai
mas logo
- senta, espera, não demora -
volta
It is about today
24 de agosto de 2017
21 de agosto de 2017
Em agosto (ou 26)
Mais um dia frio em agosto
não sou rei de nada
mas já fui deposto
e não há duende, bruxa ou fada
que devolva o meu posto
Mais um dia frio em agosto
em Curitiba o vento gelado
passa e corta o rosto:
moribundo e desanimado
alma e coração em desgosto
Mais um dia frio em agosto
já não vejo sol faz mais de ano
e do meu brilho suposto
não há notícia no cenário urbano;
vivendo meio a contragosto
resta apenas a certeza que haverá
Mais um dia frio em agosto.
não sou rei de nada
mas já fui deposto
e não há duende, bruxa ou fada
que devolva o meu posto
Mais um dia frio em agosto
em Curitiba o vento gelado
passa e corta o rosto:
moribundo e desanimado
alma e coração em desgosto
Mais um dia frio em agosto
já não vejo sol faz mais de ano
e do meu brilho suposto
não há notícia no cenário urbano;
vivendo meio a contragosto
resta apenas a certeza que haverá
Mais um dia frio em agosto.
23 de julho de 2017
Vinho
devia ver como eu te via
naquele dia que você não era via
mas em ti passeava todas as luzes
- pura euforia -
eu que já nada devia
penhorava toda minha rima vida lágrimas poesia
para dos teus olhos negros
fazer brotar o dia
naquele dia que você não era via
mas em ti passeava todas as luzes
- pura euforia -
eu que já nada devia
penhorava toda minha rima vida lágrimas poesia
para dos teus olhos negros
fazer brotar o dia
13 de junho de 2017
23 de fevereiro de 2017
Carolina
Ai Carolina,
e esse teu amor que tanto desafina?
você que tanto diz do amor
mas deixa ele passar tão fácil
para se transformar em rancor?
Ah, Carolina!
você não percebe ou finge não,
mas esse teu amor é só rotina:
não completa nem preenche,
não traduz brilho à retina.
Carolina...
tua saudade me enganou,
te esperei, você não chegou.
Te deixo então
com o que me permitem lhe dar:
tenha de mim, todo o meu silêncio.
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